A nova taxa de US$ 100 mil para vistos H-1B nos Estados Unidos, anunciada pelo governo Trump, tem gerado preocupação entre empresas de tecnologia e investidores. Executivos afirmam que o alto custo pode afastar talentos estrangeiros e impactar especialmente startups, que têm menor capacidade financeira para arcar com a taxa.
O visto H-1B é usado por grandes empresas como Amazon, Microsoft e Meta para contratar profissionais estrangeiros altamente qualificados. Em 2024, foram aprovados cerca de 141 mil pedidos, segundo a Pew Research. Analistas alertam que a medida pode reduzir contratações, levar empresas a terceirizar funções ou buscar talentos em outros países.
Startups, em particular, seriam as mais prejudicadas, enquanto grandes companhias podem absorver o custo. Mais da metade das startups americanas avaliadas em US$ 1 bilhão ou mais tem pelo menos um fundador imigrante, segundo dados de 2022.
A medida recebeu apoio de setores conservadores e de alguns liberais, incluindo Reed Hastings, cofundador da Netflix, que argumenta que a mudança garante segurança para empregos de alto valor.
Empresas iniciantes estão recorrendo à Justiça para tentar reduzir ou contestar a taxa, que está acima do valor previsto pelo Congresso. Especialistas alertam que, se a regra se mantiver, poderá ocorrer um recuo de profissionais altamente qualificados nos EUA, afetando a inovação e a competitividade do setor.