Rafael Paixão, um soldado voluntário de 26 anos natural de Imperatriz (MA), sofreu a amputação da perna esquerda após pisar em uma mina-borboleta durante uma missão na guerra entre Ucrânia e Rússia. Ferido, Rafael precisou rastejar por cerca de nove quilômetros até receber socorro.
A família recebeu notícias do estado de saúde do jovem na última quarta-feira (2), por meio de ligação feita do hospital onde ele está internado. Rafael passou por cirurgia delicada e perdeu parte da perna do joelho para baixo, mas seu quadro é considerado estável.
Em vídeo divulgado à imprensa, a mãe de Rafael, Neila Paixão, relatou o choque ao saber do acidente e o alívio por ele estar vivo. Segundo ela, o jovem foi ajudado por outro militar que o auxiliou durante o deslocamento até o atendimento médico.
Antes de se alistar, Rafael cursava Direito em uma faculdade particular em Imperatriz. Em agosto de 2024, mudou-se para a Holanda com a namorada, mas após o término do relacionamento decidiu se voluntariar para o exército ucraniano, integrando o 3º Batalhão de Brigada de Assalto.
A mãe conta que a decisão foi influenciada por colegas que ele conheceu na Europa, e a família chegou a buscar informações junto ao governo da Ucrânia e agendou reuniões com autoridades brasileiras enquanto Rafael estava desaparecido.
O conflito entre Ucrânia e Rússia teve início em fevereiro de 2022, quando o presidente russo Vladimir Putin autorizou a invasão no leste da Ucrânia, especialmente nas regiões separatistas de Donetsk e Luhansk. Desde então, a guerra tem provocado milhares de mortes, milhões de refugiados e grande destruição, além de tensões diplomáticas sem resolução definitiva.
O apoio militar e financeiro à Ucrânia vem principalmente de países ocidentais, enquanto a Rússia enfrenta sanções econômicas. De acordo com o Itamaraty, mais de 100 brasileiros se voluntariaram para lutar na Ucrânia desde o início do conflito, embora não haja dados precisos sobre o número atual de brasileiros no campo de batalha.